Afrânio e Flávia Soares apresentam perspectivas do Setor Casos Especiais

Na live Hora da Família desta semana, foram apresentadas as grandes preocupações do Setor Casos Especiais da Pastoral Familiar e a perspectiva de trabalho proposta pelo novo casal que coordena o Setor, Afrânio e Flávia Soares, de Manaus (AM).

O bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, recebeu Afrânio e Flávia, conectando o extremo Sul do Brasil com a capital amazonense e pôde conhecer a história do casal e suas motivações para a atuação em âmbito nacional.

Afrânio e Flávia Soares destacaram as cinco preocupações nacionais do Setor Casos Especiais da Pastoral Familiar, destacando que são situações que merecem atuação da Igreja diante de fragilidades das famílias.

Mesmo com uma grande e complexa lista de situações encontradas Brasil afora, as cinco grandes preocupações dizem respeito às novas uniões, à prevenção e trabalho com dependentes químicos, à viuvez, ao suicídio e às questões homo afetivas.

“Cinco preocupações que já tem um histórico e se tornam mais preocupantes pela incidência com que elas ocorrem. Em praticamente todos os regionais há esse tipo de dificuldade”, ressaltou o casal.

Segundo Flávia, inúmeros são os casos fragilizados, os casos especiais, a serem trabalhados pelo Setor Casos Especiais, mas é necessária uma priorização.

Afrânio acredita que a dificuldade encontrada nas paróquias para a estruturação do setor deve-se também à busca de atender às diversas situações: “fica um leque muito grande e não se consegue fazer nada”.

Um exemplo da complexidade do trabalho do setor foi verificado em pesquisa que o instituto de pesquisa do casal realizou na arquidiocese de Manaus. O estudo identificou mais de 40 tipos de formações familiares na região, o que pode ser algo que se reflete no restante do país.

Perspectivas

O casal apresentou sua proposta de trabalho e também o desejo de contar com coordenadores regionais no setor. Mas, como ainda não é possível ter um casal em cada regional, Afrânio e Flávia sugeriram a ideia de ter um casal de especialistas em cada área relativa às preocupações. Dom Ricardo gostou da ideia e ressaltou que este especialista não precisa ser necessariamente um casal, mas que seja um pesquisador, uma religiosa ou um padre.

A atuação deve estar baseada em oito ações básicas: atualizar subsídios;
identificar outros materiais e propor adaptações; realização de reuniões para atualização de status; fomentar a estruturação do setor em cada regional; promoção de trabalho em rede; diagnóstico do setor; montagem de equipes multidisciplinares; e montagem de painel nacional com situações, diagnósticos, diretrizes e ações regionais.

Questão homo afetiva

Diante da dúvida de um internauta sobre o possível reconhecimento das uniões homo afetivas, dom Ricardo explicou que o foco da Pastoral Familiar é dar uma resposta pastoral às situações reais presentes nas preocupações apresentadas.

O nosso foco não é a união homo afetiva, o nosso foco principal são as famílias que tem filhos que se assumem homossexuais e não sabem o que fazer. Há uma série de famílias, uma série de casais em que essa realidade já está presente e nós como Igreja Católica não temos ainda um trabalho de nível tanto da área da psicologia, quanto da espiritualidade para dar suporte. Agora, começam alguns trabalhos aparecerem para dar a essas famílias que têm essas situações uma ajuda no enfrentamento dessa situação, porque pode causar uma crise familiar tão grande até a ponto de romperem pais e filhos. Então esse é o tipo de ação importantíssima“, afirmou dom Ricardo

A posição pastoral da Igreja nessa situação “é uma posição de acolhida”, ressaltou Flávia. O trabalho da Pastoral Familiar, nesse sentido, é de oferecer “suporte espiritual e pastoral”.

Confira a live na íntegra:

Baixe os slides com a perspectiva de ação do Setor Casos Especiais. 

Autor: Pastoral Familiar

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